O que fazer?
Dias muito frios, projeto de trabalho suspenso indefinidamente (bom demais para ser verdade, pelo menos tão de pronto...), monotonia. Aqui volta a ser a capital mundial do tédio mortal. Para seu azar, estimado leitor.
Talvez possa comentar os fatos relevantes na mídia, ela mesma cada vez mais decepcionante; quem sabe não sai um coelho dessa cartola?
O que temos? Os televisivos (qualificativo mais apropriado que famosos) não são relevantes, e nem mesmo interessantes, em sua repetição ad nauseam de futilidades; estão descartados de saída. Do mundo artístico propriamente dito, hoje em dia praticamente nada sei: há muitos anos não apresenta senão reciclagens mal feitas, em todas as áreas, razão pela qual prefiro ignorá-lo e apreciar obras mais antigas e criativas, quando posso.
O noticiário político promete, como o fazem sempre os políticos profissionais; diferentemente deles, saberá cumprir? Vejamos.
Mais um escândalo de corrupção no Congresso, detonado por denúncia de revista semanal: episódio reprisado, já vi esta comédia repetidas vezes e conheço de cor seu enredo e desfecho: ou uma representação de limpeza de quadros sem a subsequente punição daqueles que confundem ocupação pública com privilégio pessoal, ou o abafamento via conchavo entre iguais na praxe política (me intriga, a propósito, a facilidade dessas revistas em ter acesso a informações sensíveis a ponto de comprometerem mandatos zelosamente cuidados; estarei afinal paranóico?). Outro tanto se pode dizer das abundantes e espetaculosas operações da Polícia Federal e suas criativas denominações: resultam hoje em dia na prisão dos chamados ‘tubarões’, livrando-os poucas horas ou dias depois, às vezes pelas caladas (e não é que se chega a ler críticas ao fato de se deixarem escapar os ‘peixes pequenos’? O que quererá a mídia, despovoar o oceano social brasileiro?!). E o resultado parece ser sempre o mesmo, a nada saudável renovação dos quadros da corrupção e do desmando infiltrados nas instituições que deveriam servir ao povo e ao país. Num parágrafo, cabe a minha visão da situação sócio-política do país; já testemunhei tempos mais, digamos, interessantes nessa área...
Trará o noticiário internacional algo melhor? De pronto, o recente concurso de miss Universo me vem à mente; me pergunto se o calendário (ou meus olhos) não me estariam pregando uma peça: 2007? Por que me sinto nos anos ‘60, então? A impressão persiste quando considero o eterno litígio político-econômico do Oriente Médio, ou a disseminação mundial do entretenimento tosco e rasteiro made in USA, responsável pela agonia cultural mundial; ou, mais absurdo ainda, a pregação inquisitorial maquiada de simpatia piegas do chefe da igreja romano-alexandrina, que sonha com a restauração de uma fração do poder político/econômico/psicológico que ela perdeu com o advento do Iluminismo.
Tempos estranhos esses!
Minha atenção se volta para a revolução bolivariana na Venezuela. Aqui sim, algo diferente está acontecendo! À parte todos os erros e desencontros cometidos pelo governo revolucionário, chega a comover a coragem e fortaleza do povo venezuelano para repelir os covardes ataques que sua luta por justiça vem sofrendo, desde o seu início. O que só faz aumentar meu desgosto pela situação a que permitimos se chegasse no Brasil. Tristeza, tristeza!
Quem sabe se daqui mesmo do interior do estado, venha algo de interesse.
...
À exceção do atropelamento constante de animais na rodovia que da capital conduz a esses rincões, nada mais me chama a atenção. Começo a desesperar de ter algo para entreter meu leitor...
E confio que não esteja ele esperando conhecer algo de minha vida pessoal; não porque eu queira negar-lhe, mas por ela inexistir, desde..., bem, digamos que há muito tempo mesmo.
Na minha última tentativa de encontrar assunto, apelo para a tv de minha mãe e o meu rádio: me vêm respectivamente uma novela baseada em obra de Paulo Coelho e a convocação da seleção brasileira de futebol pelo Dunga!
Melhor ficar por aqui antes que a coisa piore! Quem sabe na próxima, com mais sorte...
1 contrapontos:
Caro Amnésico,
Tempos tristes...
Muito..
Bjos
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