21 de abr. de 2007

Pós-ressaca

Acho que fiz uma bobagem, ontem...

Bem, nada melhor que tirar vantagem das adversidades. Ter um espaço para expressar idéias, delírios e opiniões pode ser útil (principalmente quando se é um desocupado crônico que pensa demais). Mas o que realmente faria esse espaço valer a pena, o que justificaria o esforço em produzir alguma coisa, seria fazer barulho. Barulho de comentários, contraponto das postagens que venham a ser feitas, que a rigor servem apenas de música de fundo, papel de parede escrito. Qualquer coisa serve. Conversas não relacionadas com o tema, por exemplo. Piadinhas, com ou sem graça. Concordâncias, discordâncias ou indiferenças. Qualquer coisa serve.*
A idéia não é nova, nem minha. O projeto de uma música ambiental/incidental foi proposto pelo músico francês Erik Satie, que escreveu, entre outras coisas, um ensaio irônico, porém profético sobre as tendências da música “de mercado”, que viria a se tornar praticamente toda a música no séc. XX, tanto em composição como em divulgação. E que dá nome a esse blog. Eu divulgaria aqui, se não ferisse a lei de direitos autorais (e se eu não tivesse perdido o texto...).
Por gentileza, não esperem muita coerência ou consistência do autor, essas não são qualidades que se deva esperar de um amnésico semi retardado. Podem cobrá-las, por certo, mas nem sempre vai me ser possível satisfazer essa justa reivindicação. Farei o melhor que puder.
Torço para que este estilo retórico e vazio não aborreça quem venha a lê-lo. Minha esperança é que ele seja encarado com o humor com que encaramos os discursos dos pais da Pátria, dos intelectuais profissionais e o balbuciar de quem não sabe mais o que está dizendo, após o 5° copo. À sua saúde.
Posto isso, uma divagação. A criminologia divide o ato criminoso em três partes: motivo, meio e oportunidade. Para o crime que me disponho a cometer, só posso apresentar o meio. Culpe-se a informática. O motivo está enterrado em algum lugar do passado, em tempos mais criativos de uma mente que já percebe os sinais da decadência. A oportunidade é uma incógnita. Pertence àquelas “leis” da natureza que alguns chamam de acaso, coincidência ou coisa que o valha. Se esta publicação cumprir seus objetivos e se manter por algum tempo, o enigma da oportunidade deverá ser revelado. Senão, vá com Deus e as pulgas.

Finis.



*Aos espíritos de porco de plantão, só um pedido: apreciem com moderação.

4 contrapontos:

Johnny disse...

Boa estréia Sr. Amnésico!
É um prazer ler um texto tão bem escrito! Espero que escreva com uma frequência maior do que eu faço atualmente.
Um abraço do Johnny!

ex-amnésico disse...

Eu não mereço, nem a presteza, nem a gentileza. Sério, estou sensibilizado!

Muito obrigado, amigo! espero novidades suas (pacientemente, claro!)

;)

Grande abraço, Johnny!

R. S. Diniz disse...

Ficou sensiblizado com o comentário acima? Vá se acostumando, porque se você mantiver o nível de qualidade desses dois primeiros textos, elogios não vão faltar.


Sua capacidade em "dizer absolutamente nada" é notória, Sr. Amnésico.


Abraços!

ex-amnésico disse...

Lanark, sem palavras...

Obrigado é muito pouco...

Cordial abraço deste seu leitor assíduo e ávido!