Um exorcismo
Garimpo arqueológico em cadernos escolares
De noite tento
E é inútil. Não há objetivo.
Traduzo minha vida
Em versos inversos versos em
Vida minha traduzo
Tão pelo contrário quanto
Não se pode ser!
Mergulho, mas em mim
Não há movimento
Não vou ao fundo do abismo
Mas o fundo vem à altura
Dos meus olhos.
Minha mão busca a xícara
Mas é a porcelana que
Me envolve e agarra.
É nessa incerteza do que é fatal
Que me escondo do mundo.
Nos lábios daquela que eu
Nunca mais verei
Vive a força, o alimento,
A vida dos meus dias.
E uma vez houve,
Que será sempre, eterna vez
De não chegar nunca.
Fora de todo tempo,
Em lugar nenhum...
“A função das minhas contradições é manter a unidade da personalidade e sua coerência nas respostas que dá à vida.
É por isso que não me importa de ser chamado de idiota”.
“O que são nossos erros senão nossos mestres e nosso próprio lar? Porque vivemos neles.
Talvez mais que nos nossos acertos”.
“Eu vivi todos os meus 17 anos sofrendo, e ainda me falta muito para viver. A experiência do viver é constante e estou pronto para procurar saber o que é que o mundo significa, antes de apresentar meu relatório final”.
“Se sou pagão, tenho o testemunho dos Deuses da Natureza. Se sou ateu, tenho que me contentar com esse nome. Ninguém abrirá os ouvidos às minhas explicações”.
Filosofices aforísticas aos 17.
Meu tempo é a noite escura
Minha vida, um compromisso marcado
Meu destino, ignorado
Amar, minha doença sem cura!
Um capricho do destino e pronto!
Uma nova procura se inicia
A brisa que vem e acaricia
Um adeus, uma vela, um novo porto
Onde dança você, liberdade?
Que faço para conseguir sua graça
Se foge, sempre que me chego
Se esconde, não importa o que eu faça?
Onde fico, nesse jogo traiçoeiro
Como posso entrar num jogo sem parceiro
Onde está a chave, onde fica a porta,
O que se vê é o laço, na ponta da corda
Me afasto da luz, abraço o escuro
Fugindo da vida, destruo o mundo
Minha vida, um compromisso marcado
Meu destino, ignorado
Amar, minha doença sem cura!
Um capricho do destino e pronto!
Uma nova procura se inicia
A brisa que vem e acaricia
Um adeus, uma vela, um novo porto
Onde dança você, liberdade?
Que faço para conseguir sua graça
Se foge, sempre que me chego
Se esconde, não importa o que eu faça?
Onde fico, nesse jogo traiçoeiro
Como posso entrar num jogo sem parceiro
Onde está a chave, onde fica a porta,
O que se vê é o laço, na ponta da corda
Me afasto da luz, abraço o escuro
Fugindo da vida, destruo o mundo
Outra canhestra tentativa poética aos 17.
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