26 de jul. de 2009

7 dias na Vida

O homem que era segunda-feira acordou levemente entediado. Foi para o trabalho sem muito entusiasmo e voltou para casa decididamente entediado.

O homem que era terça-feira estava preocupado com as contas atrasadas; isso não ajudou muito — as contas continaram por ser pagas. Na televisão não encontrou nada de interessante, então foi dormir cedo.

O homem que era quarta-feira se encontrou com a moça com quem vinha saindo; jantaram, foram a um motel, transaram duas vezes. Ao deixá-la em casa ele a beijou e combinou um novo encontro na próxima semana (ela não teria o final de semana livre).

O homem que era quinta-feira se perguntou durante todo o dia se o tempo não estaria passando mais rápido ou se era apenas ele envelhecendo. Não conseguiu chegar a conclusão nenhuma.

O homem que era sexta-feira saiu com alguns colegas de trabalho para um happy hour, ocasião em que ele descobriu, desconcertado, que happy hours duravam consideravelmente mais que uma hora e nenhum momento deles era realmente feliz.

O homem que era sábado lavou o carro.

O homem que era domingo não saiu da cama e morreu ao por do Sol.

5 contrapontos:

FOXX disse...

eu esperava mais do homem de sábado

ex-amnésico disse...

Sábado é um dia supervalorizado mesmo...

Welker disse...

E pensar que tal rotina é mesmo seguida... as vezes à risca demais.

Bárbara Lemos disse...

E a mulher?

Queria ter morrido ao pôr-do-sol para não ter que ir trabalhar amanhã.

Risos. Brincadeirinha.
Ou não.

Bom ver você na ativa.


Beijo meu.

ex-amnésico disse...

Pois é; melhor nem pensar.

***

A mulher? Você me superstima: sou um velho rinoceronte, nada mais que isso. Não sei como é a mulher; duvido que venha a saber...


É bom estar de volta!