21 de jul. de 2009

Soneto do Poeta Torpe


O raciocínio, por melhor que seja formulado
Esbarra sempre na cruel falta de talento:
E ainda que despenda todo o seu alento,
Jamais viu o sublime objetivo alcançado.

Se envergonha do senso estético desatento;
Solitária e triste sina de amador frustrado:
Insignificância há de ser o seu legado,
Enfado — a suma de seu destempero.

Métricas, rimas, sílabas, linhas,
Fragmentos vãos do sonho que lhe coube;
Nunca o sumo doce das vinhas

Da divina Musa que nunca o ouve.
Não a alma ardente que julgou que tinha:
Apenas isso — só um poeta torpe.

5 contrapontos:

Welker disse...

Engraçado isso... apaga-se uma luz, mas clareia-se uma mente em um espaço amarelado.

FOXX disse...

engraçado isso...
ele se achando um poeta ruim

ex-amnésico disse...

Engraçado isso...

"ridi, Pagliaccio... e ognun applaudirà!"

Johnny disse...

Engraçado isso...

Aqueles que um dia experimentam descarregar pensamentos em um lar virtual, tentam por algum tempo retê-los na mente, ou compartilhá-los com que nada entendem e circulam no mundo real.

Só que cedo ou tarde nossa intenção inicial sucumbe ao chamado de outras mentes residentes em outros lares virtuais.

Onde é a Matrix? Aqui? Não acho... Deve ser lá fora.

Danilo Moreira disse...

Lembrei um conto do Machado onde um homem era famoso por suas polcas, porém tentava compor um outro estilo de música, mas que nunca saía. Ele morre de bem com os outros, mas frustrado consigo mesmo.

Abçs!!!!

Agora, convido vc a Delirar comigo...

http://blogpontotres.blogspot.com/

Delírio - Ódio