Eu e os cometas invisíveis
Primeiro foi o Kohoutek, que apareceria em dezembro de ‘73 em pleno eclipse total do Sol; seria um espetáculo único — unicamente para quem viajou de avião — dizem que deu pra ver, vagamente, lá de cima. Mas o eclipse foi bem legal (meu único, por sinal...)
Então em novembro de ‘85 o indefectível Halley cruza a órbita da Terra e lá vou eu para o pico do Jaraguá tentar ver um dos objetos mais escuros do sistema solar, com tempo fechado — claro que não vi coisa alguma além de nuvens — agora vou ter que esperar até 2061*... Valeu pela bagunça com os amigos (apesar do carro quebrado)
Os próximos foram o Swan, subitamente brilhante no final de outubro de 2006 e o McNaught, que deu o ar da graça em janeiro de 2007. Esses foram perfeitamente visíveis. E eu não fiquei sabendo deles...
Agora foi o Lulin, até onde se sabe em sua passagem de estréia próximo ao Sol (23-24/02). Seria o nosso primeiro cometa a viajar no sentido inverso à órbitas dos planetas do sistema solar; estou em condições favoráveis, morando no interior num local de céu limpo até de aviões e estando ele 'próximo' a Saturno seria um alvo fácil. Só que era véspera de Carnaval e todo mundo sabe que sempre chove no Carnaval. Vêm as nuvens, some o Lulin...
... quem manda preferir olhar pro céu a ver televisão?