Notas de um Amnésico — Ano Dois, ou
A Metamorfose
Tal como o ovo que se rompe e liberta uma pequena lagarta, há dois anos passados esse blog saiu do nada para a rede. Igual à lagarta, cega e surda a tudo que não seja o impulso de comer, comer, comer — sem projeto nem objetivo senão consumir o tédio, as manias, os medos.
Crescendo em leitores, consumindo sua criatividade — seu próprio ambiente — até à repetição, que é Inferno. Então a lagarta pára, se pendura e começa a construir um casulo. E sua vida termina aí. O que vem depois, se vier, virá depois...
Agradeço a todos que visitaram alguma vez esse teatro tragicômico amarelo pálido — não serão esquecidos. E aos meus colegas blogueiros, minha inspiração, os amigos que nunca cultivei como devia: o último selo que este blog recebeu, da Graziela e do Critical Watcher, será meu presente de aniversário e despedida a vocês; como de costume, quebrando as regras de distribuição — o último ato antes de cair o pano.
Pois o que agora se inicia não é para os seus olhos: o casulo começa a surgir à minha volta.
Adeus!