26 de mar. de 2009

Estagnado

As teias de aranha avançam.
No meu cérebro, no meu coração,
Na minha vida.

O pó se acumula.
Na minha iniciativa, nos meus pensamentos,
Nos meus sonhos.

Eu feneço.
Fenecem minhas amizades, meus amores,
Meu futuro.

Sou um túmulo abandonado
e a lápide diz:
"Aqui jaz ninguém. Não fará falta".

5 contrapontos:

FOXX disse...

tb me sinto assim
quase sempre
gostaria de saber quem choraria sobre meu túmulo

Fernando Amaral disse...

Nos impuseram uma psicose: Ser bem sucedido. Nos disseram: Sonhe, mas só com o possível. Nos informaram: RG não é preciso, basta o número do celular e a placa do carro.

E viramos estatística.

A lápide, escreveria, ainda que com carvão: "Mas não era estatística".

Welker disse...

Não passarás por isso, meu caro. Grandes gênios são imortalizados por gerações e gerações, por mais babacas que sejam as gerações. Serás lembrado, não como um pensador, mas como um amnésico, o que já é um diferencial de todos os outros. :T

Danilo Moreira disse...

Já me senti assim até pouco tempo atrás.

Antes que eu apodrece no meio dos meus sentimentos negativos, resolvi dar um basta e dar um sentido a minha vida.

Mas, cada situação é uma situação. Cada história é uma história.

Abçs!!!

Anônimo disse...

Nossa, quero assinar em baixo do comentário do Fernando ali em cima.

"Mas não era estatística". Perfeito!